Esperar para que? Frustração ou precipitação?

Um ponto de discussão e conflito potencial entre sócios de empresas, de software ou não, é definir o momento de agir. Dependendo do momento da empresa, esse agir pode ser relativo a abordar um novo mercado, abandonar um mercado, desenvolver um novo produto ou serviço, deixar de oferecer um produto ou serviço não lucrativo, alargar o portfolio, criar uma nova empresa ou vender a empresa já estabelecida (totalmente ou em parte).

Quando a empresa tem mais de um proprietário, o que é mais comum, essa decisão precisa ser amadurecida em conjunto. Geralmente um traz a idéia, a discussão começa entre os pares, e, comumente, os sócios tomam um certo tempo para chegar a um consenso. Esse "certo tempo" pode ser curto ou longo, com os vários tempos que existem entre curto e longo. Para quem vê a idéia como líquida e certa, é sempre longo o tempo dos outros. Para quem tem dúvidas, é sempre muito curto o tempo de quem propõe a idéia. No meio tempo, a frustração de não poder agir, por quem tem a idéia, e o medo de se precipitar, por quem está avaliando os riscos da idéia, se chocam.

O problema não está nas pessoas, mas nos momentos, nas visões e nas prioridades diferentes. Assim é na venda, com os tempos e interesses diferentes entre vendedores e compradores. Assim também é na liderança de sócios, com personalidades, prioridades e tempos diferentes... Quem mais se preparar para vender a sua idéia, sem críticas pessoais às visões dos outros, mas, sim, com grande respeito ao cuidado dos outros em acertar, mais chances terá de ver sua idéia realizada...