Expectativas que se realizam

Até onde a forma como tratamos alguém determina o que ele(a) será? "Não o trate como ele é, trate-o como você gostaria que ele fosse", já ouviu isso? Até onde isso é verdade e pode mudar a tendência de um destino de uma pessoa?

Janeiro, 1o. dia útil, tempo de renovação e novos começos, e esse tipo de questão volta novamente. Até onde alguém que é tratado como um vencedor, ou alguém que é tratado como um perdedor, se torna um? O que é estímulo (ou desestímulo) para uns pode não ser para outros, o que muda a vida de uns pode não mudar a vida de outros, mas a impressão que tenho é que uma série de pequenos estímulos, repetidos, sempre ouvidos, e comprovados pela observação, dão segurança (ou insegurança, se o estímulo é negativo) à pessoa, que se torna mais ousada para tentar criar, inovar.

Esses estímulos podem vir dos pais, dos professores, dos companheiros, dos amigos, dos filhos, de recém-conhecidos, mas também devem vir da própria pessoa.. dela para ela mesma... Esse auto-estímulo deve ser acompanhado da factualidade (confrontação direta dos fatos!) e também de um grande amigo que não o deixará se embebedar nele próprio: a humildade. Estímulo sem humildade será negativo, em algum momento. Estímulo com humildade é sempre positivo.

A vida é perfeita: tropeçamos quando ainda não estamos prontos, voltamos a andar logo depois já sabendo por onde não passar. E nela, na vida, não estamos sozinhos. Ninguém produz sozinho. Ninguém é feliz sozinho. Produzimos "para alguém". Vivemos com "outros". Precisamos "dos outros". Com quem você quer conviver (a partir de você próprio..)? Com alguém estimulado positivamente ou negativamente?

Quanto mais entendemos o papel dos outros nas nossas vidas e os enxergamos com as lentes do bem e do  desprendimento (sem culpa, sem reclamação, sem nenhuma frustração herdada passada...), mais expectativas "nossas" nós próprios teremos a chance de realizar..