A decisão deve ser fácil

Tomamos decisões todos os dias. Algumas são decisões corriqueiras, que não exigem muito pensamento. Outras são decisões mais sérias, que terão consequências de médio ou grande impacto nas nossas vidas. Ambas devem ser fáceis de ser tomadas.

"Como? Fáceis?", você pode perguntar. 

Sísifo, personagem da mitologia grega, passava os dias empurrando uma grande pedra para o alto da montanha. Cada vez que a pedra estava quase no topo, ela rolava novamente para a base da montanha, e Sísifo, condenado ao seu destino, descia a montanha e recomeçava a empurrá-la novamente para o topo. A pedra pode ser vista como qualquer coisa com a qual estamos continuamente lidando: o dia-a-dia do trabalho, a inutilidade ou utilidade da rotina (dependendo do ponto de vista), as decisões, as emoções, o nosso desejo de felicidade.. Estamos fadados a carregá-los continuamente durante a nossa existência...

Se a decisão é difícil demais para ser tomada, talvez você não tenha tido o tempo necessário para amadurecê-la e "sentí-la". Sim, porque análises demais, pensamentos demais, também desgastam a capacidade que temos de "sentir" que decisão será a melhor a tomar. Quando os prós e contras são colocados na ponta do lápis, afaste-se um pouco e depois retorne para ler o que escreveu. Os prós não devem ser um conjunto de justificativas para lhe levar a uma decisão, mas sim a previsão de um conjunto de consequências positivas da opção..

A decisão deve ser fácil, independentemente da complexidade envolvida e do contexto onde está inserida. Mais ou menos como o velho "ganhar ou ganhar", "vender ou vender", na medida em que a opção escolhida é tão clara que não há outro caminho a percorrer. Sentir que a decisão a ser tomada é a melhor para você é tão importante quanto prever as consequências das decisões.

Se a decisão que estamos esperando não é nossa, mas de outra pessoa, "olhar através dos olhos" dessa outra pessoa é vital. Se pudermos ajudá-la, mostrando o acerto de decisões já tomadas por outras pessoas em contextos similares, estaremos ajudando-a a prever as consequências (e a sentir que a nossa opção pode ser, sim, a mais adequada para o que ela precisa, se estamos falando de clientes..). Nas decisões dos outros, caberá a nós, se possível, facilitar a  decisão deles..

Nossa ou de outros, a decisão deve ser fácil...