De quem é o CPF?

Quando 3 pessoas respondem por algo, esse algo não é prioritário para ninguém.. Como? Do que mesmo estamos falando?

Sabem aquelas empresas que não definem quem é o responsável por uma determinada área e aqueles chefes que não definem quem é responsável entre seus subordinados pelo que? Sabem aqueles momentos em que uma decisão "deve" ser tomada e não é? Sabem aqueles atrasos que irritam, discussões que se arrastam, ineficiências que corroem e problemas que se perpetuam exatamente pela falta de alguém que tenha autonomia para decidir? Todos essas questões podem ter uma mesma causa: a falta de um CPF,  a falta "do responsável".

Sem um responsável há imobilidade, na grande maioria das vezes. No dia-a-dia, cada um vai priorizar aquilo que ele é responsável por e não a atividade ou área que ele tem co-responsabilidade. Todas as vezes? Não, não todas as vezes. Há situações de responsabilidade compartilhada que funcionam, principalmente em áreas que estão ainda se estruturando. Mas, uma vez estruturada e entrando em operação e logística, a necessidade do responsável, da pessoa, do CPF, se impõe.

O curioso é que há chefes que incentivam a não indicação do CPF, o trabalho difuso ou duplicado entre seus subordinados até para incentivar a concorrência entre eles. Não os entendo. Quem será o responsável nas horas críticas de definições, decisões e atendimento a clientes? A quem o cliente poderá recorrer em necessidade? De quem serão cobradas providências? Como se esperar excelência se não há liderança e demonstração?

Cada chefe deve alocar seus subordinados na área em que eles têm mais competência, são mais necessários e mais gostam de trabalhar (sim, esses 3 requisitos, juntos!). Cada subordinado deve ser responsável por uma área específica, por maior ou menor que seja. E, principalmente, cada cliente deve ter suas necessidades atendidas por equipes integradas com fortes e muito bem definidas lideranças.