A beleza de um "não"

Quando é que um "não" pode ser bem-vindo e não significar uma completa perda de tempo?

É possível tirar uma lição de um "não"? Ou mesmo se encaminhar para um "sim" mais à frente a partir de um "não" de hoje?

Somos todos mutantes. Nossas decisões também. As dos nossos clientes também. O "não" que ele nos dá hoje pode ser fruto da nossa pressa em atendê-lo, da nossa falta de preparação para mostrar a nossa competência, da nossa dificuldade em fazer a ponte entre o que ele quer/precisa e o que podemos fazer para ajudá-lo.

Mais, se o vendedor acha que o preço dele está alto porque não entende o processo da formação do preço do que vende, nem percebe o custo que o cliente tem em não resolver o problema, o "não" do cliente potencial tem alta chance de ser ouvido. Porque preço é a contra-partida de valor. Comprador quer valor. Se o vendedor não mostra o valor e ainda demanda preço, essa relação entre valor e preço, essa balança que lembra uma gangorra de criança, que precisa estar equilibrada para termos a chance de ouvir cada vez mais "sim", não se equilibra. Vem o "não".

A beleza de um "não" vem do freio que dá à nossa impaciência na corrida pela venda. É uma oportunidade para reavaliarmos o que houve, o que não funcionou, o que faltou, para que, nas próximas oportunidades de negócio, não incorramos no mesmo erro e não percamos tempo porque não queremos perder tempo...