O "casamento" entre quem fala e quem ouve

Estarei dando uma palestra na Câmara Americana de Comércio no próximo mês. Entre a ligação do convite e o agendamento da palestra, ficou claro que o meu maior interesse era falar algo que trouxesse um benefício real para a audiência de múltiplos segmentos que lá estarão presentes. De um conjunto de temas sugeridos que declinei (não eram a minha competência central), chegamos ao tema “Porque Investir Em Software É Fundamental Para A Competitividade Da Sua Empresa”.

A surpresa com a minha determinação de casar o que os presentes estariam desejando ou precisando ouvir com as minhas áreas de competência e o crescente entusiasmo que eles passaram claramente a mostrar com o evento é mais uma prova do valor da inserção do cliente no processo de oferecimento de um produto ou serviço ao mercado. Para mim, a audiência é muito mais importante numa apresentação do que o palestrante. O "casamento" entre os dois naquelas horas em que passarão juntos também. É ela, a audiência, quem vai determinar se a apresentação será um sucesso ou um fracasso, a partir do quanto ela aprenderá e se espelhará no que ver e ouvir. Cabe a ele, o palestrante, ter preparado um conteúdo genérico com passagens específicas, que ressonem em cada um dos presentes (o mesmo vale para nossas apresentações de vendas, percebem?)..

Com essa palestra, passo a falar não só para as empresas de software sobre vendas, mas também sobre os benefícios sobre software em geral (mostrando benchmarks por segmento) para empresas diversas. Falando a linguagem da audiência, olhando atravês dos olhos deles...

Nosso briefing da palestra para os associados da Amcham mostra isso:

"O que aconteceria com a sua empresa “hoje” se todos os seus computadores e aplicações de software saíssem fora do ar? Provavelmente a sua empresa pararia, não é mesmo?

Empresas passam por diferentes estágios, onde vivenciamos a chamada “migração de capacidades” (Clayton Christensen). Numa start-up, ou pequena empresa recém-aberta, “pessoas” são o principal diferencial. Com o tempo e o crescimento, áreas departamentais e “processos” são instituídos para resolver os problemas que surgem e realizar as atividades operacionais repetidamente.

Ao “automatizar” esses processos e áreas departamentais, o uso de diferentes tipos de software garante velocidade, conformidade, inteligência distribuída, controle e produtividade para as empresas.

O uso do software permite, em essência, que pessoas menos especializadas executem tarefas sofisticadas, com economias de tempo e custo para as empresas."