A rede de celular não deu conta da demanda e ficou ocupada em vários momentos na terça-feira à noite em São Paulo. Tragédia em Congonhas, milhares de pessoas de todo o Brasil querendo entrar em contato com pessoas que estavam viajando para a cidade, celulares desligados durante os vôos, caixas postais respondendo, uma incômoda preocupação teimando em se transformar em desespero, tempo "parado", alívio quando o outro lado respondia...
Mas... e quando o outro lado não respondeu? Quantas centenas de pessoas serão os mártires da crise aérea? Quantas pessoas viajando a trabalho serão surpreendidas com um fim de linha inesperado? Quanto tempo mais será tirado das nossas vidas, quando a vida nos é tirada ou quando não podemos usar o tempo que dispomos como gostaríamos? Quanto sofrimento mais conseguiremos absorver?
Entrei novamente num avião hoje, depois da tragédia de Congonhas. Viajar faz parte da rotina de milhares de profissionais, faz parte também da minha. Eu tinha chegado em Guarulhos na terça-feira, um pouco depois do acidente acontecido em Congonhas. Meu marido vinha insistentemente ligando para o meu celular (desligado durante o vôo) sem saber se eu estava bem ou se eu estava no avião acidentado. Quantas pessoas não passaram por isso? Quanto sofrimento não foi gerado? Quanto horror será ainda sentido?
É direito de todos o acesso à segurança e a falta de segurança (nos vôos aéreos, nos translados rodoviários e urbanos) se tornou o maior problema brasileiro. Porque está nos matando...
Quando eu coloquei o pé no aeroporto hoje, soltei um suspiro. Vou chegar em casa? O clima no aeroporto estava diferente, as pessoas mais silenciosas dentro do avião, o semblante mais sério na tripulação.. Quando peguei um taxi, sentei no banco traseiro e pensei em ligar para alguns clientes para agilizar o trabalho, mas logo lembrei que isso não seria prudente face à violência urbana.. Este é um tempo que passa - morre - e que eu (e milhões de brasileiros) não posso aproveitar pela falta de segurança.
A insegurança aérea e urbana trazem ambas um custo que não entra nas análises, que é o custo do medo e da baixa produtividade. Quando eu, na próxima semana, novamente tiver que pegar um vôo mais cedo que o usual com receio de alguma atraso que possa impedir que eu realize o meu trabalho no meu destino, é meu tempo que está sendo tomado para pagar pela incompetência da administração da indústria aérea do nosso país.
Em vez de estar usando essas horas para trabalhar, estarei sentada num banco incômodo de aeroporto, olhando a tela da programação dos vôos...
Mas... e quando o outro lado não respondeu? Quantas centenas de pessoas serão os mártires da crise aérea? Quantas pessoas viajando a trabalho serão surpreendidas com um fim de linha inesperado? Quanto tempo mais será tirado das nossas vidas, quando a vida nos é tirada ou quando não podemos usar o tempo que dispomos como gostaríamos? Quanto sofrimento mais conseguiremos absorver?
Entrei novamente num avião hoje, depois da tragédia de Congonhas. Viajar faz parte da rotina de milhares de profissionais, faz parte também da minha. Eu tinha chegado em Guarulhos na terça-feira, um pouco depois do acidente acontecido em Congonhas. Meu marido vinha insistentemente ligando para o meu celular (desligado durante o vôo) sem saber se eu estava bem ou se eu estava no avião acidentado. Quantas pessoas não passaram por isso? Quanto sofrimento não foi gerado? Quanto horror será ainda sentido?
É direito de todos o acesso à segurança e a falta de segurança (nos vôos aéreos, nos translados rodoviários e urbanos) se tornou o maior problema brasileiro. Porque está nos matando...
Quando eu coloquei o pé no aeroporto hoje, soltei um suspiro. Vou chegar em casa? O clima no aeroporto estava diferente, as pessoas mais silenciosas dentro do avião, o semblante mais sério na tripulação.. Quando peguei um taxi, sentei no banco traseiro e pensei em ligar para alguns clientes para agilizar o trabalho, mas logo lembrei que isso não seria prudente face à violência urbana.. Este é um tempo que passa - morre - e que eu (e milhões de brasileiros) não posso aproveitar pela falta de segurança.
A insegurança aérea e urbana trazem ambas um custo que não entra nas análises, que é o custo do medo e da baixa produtividade. Quando eu, na próxima semana, novamente tiver que pegar um vôo mais cedo que o usual com receio de alguma atraso que possa impedir que eu realize o meu trabalho no meu destino, é meu tempo que está sendo tomado para pagar pela incompetência da administração da indústria aérea do nosso país.
Em vez de estar usando essas horas para trabalhar, estarei sentada num banco incômodo de aeroporto, olhando a tela da programação dos vôos...