Já ouviu falar do Grupo de Gloomsbury? Era um grupo de amigos intelectuais que se reuniam em Londres entre 1907 e 1930 para criticar instituições, praticar a arte da conversação e discutir as consequências das ações humanas na arte, literatura e ciências sociais.
Foi neste grupo que começou o interesse de John Keynes pela incerteza das consequências na economia. Para ele, "a teoria econômica lida com motivos, expectativas e incerteza psicológicas" e não pode ser considerada nem constante nem homogênea. Keynes foi um dos poucos a entender a "vitória instável", o caráter momentâneo da vitória, e criticava a farsa financeira ao final da I Guerra (para ele, não fazia sentido a Alemanha, destruída, pagar reparações, financiada pelos Estados Unidos, que pagaria aos Europeus, que pagariam aos Americanos pelos empréstimos contraídos na guerra)... Bola de cristal? Não esqueçamos que, com o colapso da economia americana em 1929, moratórias foram declaradas e a II Guerra veio em seguida..
Ontem à noite, lí um livro de 86 páginas já amareladas, "John Maynard Keynes", escrito por Gilson Schwartz e publicado em 1984, que peguei emprestado da biblioteca do meu pai. Keynes tem sido novamente muito comentado com a crise de 2008 e com as repercussões recentes da crise da Grécia, já que é dele a proposta de "reativar a atividade econômica privada através de estímulos gerados a partir do Estado, através do planejamento e de políticas de investimento público".
O que mais me chamou a atenção, no entanto, foi a fundamentação de Keynes sobre o tempo como causa para a compra (e para a venda, já que isso nos interessa diretamente). Segundo Keynes, "o ato de gastar está sempre relacionado com alguma percepção do futuro. O dinheiro e outros títulos refletem com grande sensibilidade as oscilações na própria confiança que os capitalistas têm no futuro. Se há pessimismo quanto às possibilidades de o gasto produtivo vir a ser rentável, os empresários preferem reter dinheiro conseguindo liquidez. Se o empresário acha arriscado investir na produção, pode percorrer as galerias do sistema financeiro, investindo na bolsa, em títulos de dívida pública, em ouro. Se é possível acumular riqueza através da negociação de títulos em bolsa, por que usar o dinheiro na compra de máquinas e emprego de gente na produção de mercadorias?"
E alerta: "Mas, o que é bom para uma parte da sociedade pode significar a ruína das outras, até que o tempo se interrompa para todos. Não é por acaso que as grandes crises do capitalismo moderno são essencialmente crises financeiras." (Essa parte já vimos, no passado: "como a multiplicação do volume de ações se baseia na expectativa de valorização, o volume de títulos em meio à especulação é muito superior ao volume de dinheiro. Se ocorrer uma corrida para vender - e ela pode ocorrer por qualquer motivo e a qualquer momento - os preços começam a cair de modo brutal.")
Mas Keynes também ressalta que "o objetivo geral da acumulação de riqueza é o de provocar resultados, ou resultados potenciais numa data comparativamente distante", futura.
Neste momento positivo que estamos vivendo hoje, em que o Brasil cresce aceleradamente e as empresas investem na produção, demonstrar como o software que vendemos contribui para essa acumulação de riqueza futura dos nossos clientes é nosso papel e responsabilidade.
Foi neste grupo que começou o interesse de John Keynes pela incerteza das consequências na economia. Para ele, "a teoria econômica lida com motivos, expectativas e incerteza psicológicas" e não pode ser considerada nem constante nem homogênea. Keynes foi um dos poucos a entender a "vitória instável", o caráter momentâneo da vitória, e criticava a farsa financeira ao final da I Guerra (para ele, não fazia sentido a Alemanha, destruída, pagar reparações, financiada pelos Estados Unidos, que pagaria aos Europeus, que pagariam aos Americanos pelos empréstimos contraídos na guerra)... Bola de cristal? Não esqueçamos que, com o colapso da economia americana em 1929, moratórias foram declaradas e a II Guerra veio em seguida..
Ontem à noite, lí um livro de 86 páginas já amareladas, "John Maynard Keynes", escrito por Gilson Schwartz e publicado em 1984, que peguei emprestado da biblioteca do meu pai. Keynes tem sido novamente muito comentado com a crise de 2008 e com as repercussões recentes da crise da Grécia, já que é dele a proposta de "reativar a atividade econômica privada através de estímulos gerados a partir do Estado, através do planejamento e de políticas de investimento público".
O que mais me chamou a atenção, no entanto, foi a fundamentação de Keynes sobre o tempo como causa para a compra (e para a venda, já que isso nos interessa diretamente). Segundo Keynes, "o ato de gastar está sempre relacionado com alguma percepção do futuro. O dinheiro e outros títulos refletem com grande sensibilidade as oscilações na própria confiança que os capitalistas têm no futuro. Se há pessimismo quanto às possibilidades de o gasto produtivo vir a ser rentável, os empresários preferem reter dinheiro conseguindo liquidez. Se o empresário acha arriscado investir na produção, pode percorrer as galerias do sistema financeiro, investindo na bolsa, em títulos de dívida pública, em ouro. Se é possível acumular riqueza através da negociação de títulos em bolsa, por que usar o dinheiro na compra de máquinas e emprego de gente na produção de mercadorias?"
E alerta: "Mas, o que é bom para uma parte da sociedade pode significar a ruína das outras, até que o tempo se interrompa para todos. Não é por acaso que as grandes crises do capitalismo moderno são essencialmente crises financeiras." (Essa parte já vimos, no passado: "como a multiplicação do volume de ações se baseia na expectativa de valorização, o volume de títulos em meio à especulação é muito superior ao volume de dinheiro. Se ocorrer uma corrida para vender - e ela pode ocorrer por qualquer motivo e a qualquer momento - os preços começam a cair de modo brutal.")
Mas Keynes também ressalta que "o objetivo geral da acumulação de riqueza é o de provocar resultados, ou resultados potenciais numa data comparativamente distante", futura.
Neste momento positivo que estamos vivendo hoje, em que o Brasil cresce aceleradamente e as empresas investem na produção, demonstrar como o software que vendemos contribui para essa acumulação de riqueza futura dos nossos clientes é nosso papel e responsabilidade.