O presidente é "muito" importante

"O importante não é o nome do presidente, mas sim a autonomia da instituição."  Permitam-me discordar dessa frase de Miriam Leitão, que lí hoje de manhã. Não entendo porque opiniões são dadas em termos de "não este, mas sim outro." Não podem ser os dois? Podem sim e, em grande parte das vezes, o são...

Assim como a autonomia da instituição, seja ela um Banco Central ou uma empresa de software, o nome e a pessoa do presidente são importantíssimos. São as pessoas que tem o cargo de Presidente que personificam, decidem e falam em nome das instituições. 

Ele é competente, tem credibilidade e, ainda por cima, é carismático? O mercado quer ouví-lo e passa/continua a confiar na instituição. Os exemplos são vários..

Ele não é competente, confiável e carismático? A pessoa jurídica parece acéfala, tanto para o mercado como para os colaboradores da empresa. Consequências? Decisões são postergadas, reações são recorrentes, grupos de interesses diferentes parecem travar uma luta pelo poder. Este não é um bom quadro, nem é necessário dizer..

As empresas espelham as pessoas. E os profissionais de cada empresa espelham os seus líderes. Simples assim... Presidentes executivos e autônomos, empresas autônomas. Presidentes inovadores, empresas inovadoras. Presidentes confiáveis, empresas confiáveis. Presidentes acessíveis, empresas acessíveis. Presidentes decididos, empresas decididas.. (Existem exceções? Existem, mas são isso mesmo: "exceções", atípicas...)

Acho curioso ouvir as muitas teorias para o porquê das empresas serem de uma forma ou de outra.. Se procurarmos realmente entender a história, os contextos, as personalidades/vivências dos fundadores/dirigentes e o conjunto de relações de causa e efeito nos enredos empresariais, muito do sucesso e da autonomia das empresas poderá ser entendido... e mais inquestionável será o papel do presidente...