Sentimentos inúteis

Artur da Távola diz que o ciúme é um sentimento inútil, que não torna ninguém fiel ao outro. Pensando assim, vemos o quanto vários dos sentimentos que temos nos nossos ambientes de trabalho e na atividade da venda são.. inúteis..

Ciúme no trabalho é inútil. Não é por tê-lo que iremos ser promovidos ou nos tornar amigos das pessoas de quem queremos ser amigos (os chefes? os clientes?).

Inveja no trabalho é inútil. Pelas mesmas razões do ciúme.

Raiva no trabalho é inútil. Não é por tê-la que iremos resolver o que a causou. Se bem que, se a raiva for usada controladamente como combustão, ela poderá aumentar a motivação. Já falamos sobre isso aqui.

Revolta no trabalho é inútil. Quando chega a esse nivel, chegou a hora do profissional pensar em se realocar.

Desânimo no trabalho é inútil.  Como poderemos vender se não temos ânimo para ir para o trabalho? Abordar e argumentar com os clientes? Ânimo não haverá..

A forma como nos sentimos é fundamental para os resultados que podemos entregar. Quando ouço alguém dizendo que devemos separar o profissional do pessoal, penso no grande esforço que todos nós temos de fazer para isso. O pessoal entra pelo profissional, sim. Quando estamos felizes, produzimos mais. Quando estamos preocupados, devaneamos.. que é outra inutilidade no trabalho.

Se tivéssemos a certeza de Pedro Kupfer, que diz que "já somos a felicidade que estamos buscando", nenhum desses sentimentos seriam inúteis.. Eles, simplesmente, "não seriam".. Inexistiriam...