Qual é o seu nível de paciência com reclamações? Alto, médio
ou baixo?
Pergunta difícil esta, não? Por várias razões...
- seu “alto, médio ou baixo”poderá não corresponder ao meu (e
de outras pessoas) “alto, médio ou baixo”;
- paciência e impaciência são extremos duais e transitamos continuamente
entre eles. Num mesmo dia, pacientes e impacientes podemos estar;
- a índole de cada um ajuda ou desajuda. Pessoas
naturalmente calmas ou genuinamente alegres são mais pacientes. Repassam aos outros
o que têm em si;
- a história de vida de cada um também ajuda ou desajuda.
Pessoas com um histórico de reclamações não digeridas, não aceitas e não
entendidas desde a infância são mais impacientes. Repassam aos outros o que não
aceitam do que receberam de seus pais, irmãos, amigos, professores, conhecidos, etc.;
- o momento de cada um também ajuda ou desajuda. Quando tudo
está bem, cresce a paciência. Quando o caos começa a se instalar, cresce a
impaciência. Quando tudo está definitivamente errado, a impaciência entende que
só com paciência haverá uma chance para o restabelecimento da boa normalidade.
Trabalhando com clientes e metas, estamos continuamente lidando
com a possibilidade de elogios e reclamações e transitando entre paciência
e impaciência.
Há anos adoto um princípio: o que eu não gosto nos outros,
mudo em mim. Não reclamo, demonstro. Não me gabo, mostro. Ainda assim erro e
peço perdão quando erro, assim que erro.
Demonstrar, mostrar e pedir perdão é ter paciência.
Reclamar, se gabar e errar é ter impaciência.
No final das contas, o conteúdo da reclamação é que é importante.
É o que deve ser tratado e resolvido com paciência. O formato da reclamação não
é importante. Mas é exatamente o formato de uma reclamação o que mais
impacienta quem a ouve. Se a reclamação vem de alguém paciente, é mais aceita.
Se vem de alguém impaciente, é menos aceita.
É apenas quando o reclamado se esquece do formato e se concentra no conteúdo da reclamação que ele pode chegar à solução... independentemente da impaciência do reclamador...
É apenas quando o reclamado se esquece do formato e se concentra no conteúdo da reclamação que ele pode chegar à solução... independentemente da impaciência do reclamador...