Quando você cantou o hino nacional pela última vez? Na Copa? Lembra dos hasteamentos da bandeira no colégio? Num auditório lotado na FIESP, por um segundo, por um minuto, ou pelo tempo daquele hino, não havia luta, partes, partidos, distância, egoísmos, egocentrismos. A voz de um era a voz do outro e as vozes unidas cantavam a pátria amada, Brasil. Por que não o cantamos mais vezes? E assim começou a quinta-feira da semana passada.
O evento? "Uma Agenda Positiva para o Brasil", promovido pela FIESP, CIESP e OCDE, com o apoio do TCU. O foco? Indústria, Governança, Investimento, Eficiência Orçamentária e Desburocratização, fatores que impactam nosso país, nossos clientes / fornecedores / parceiros / investidores e nossas vendas. Seguem os melhores momentos do que falaram ministros, empresários, economistas, especialistas e professores, brasileiros e estrangeiros.
Paulo Skarf: "Não há investimento onde não há confiança."
Ricardo Coelho:"Competitivo é poder produzir a preços menores. Empresários [brasileiros] da indústria passam 30% do tempo de reuniões falando sobre mudanças regulatórias ao invés de falarem sobre clientes e mercados. A indústria vem regredindo a participação no PIB. Hoje está em 9%, igual a 1947. Era 27%. A indústria é responsável por 70% do investimento no Brasil. Se cai a indústria, cai o investimento [no país]."
Iza Lejarraga: "[Em relação a investimentos,] O Brasil está indo em direção reversa, introduzindo restrições e se tornando mais protecionista desde 2008. Investimento de longo prazo requer mecanismos institucionais mais robustos, responsabilidade. A abertura aos investimentos estrangeiros e a boa governança são requisitos para os acordos internacionais de investimento e de comércio. Melhores investimentos dependem da boa governança, pela transferência de capital, design e ideias, e por requererem instituições mais sofisticadas. O Brasil não tem se comprometido em acordos internacionais baseados na boa governança."
Jermyn Brooks: "Se os riscos ficam altos demais, não há investimentos. Segurança é necessária. Há vários problemas no Brasil: como criar uma empresa, propriedade intelectual, leis, impostos, corrupção, falta de previsibilidade dos processos, justiça/arbitragem. [Falta] vontade política. [O Brasil vive uma] Crise ética e cultural. [Há a necessidade do] Foco nas empresas, uma a uma, e na [transformação da] política em ação. [Todos] têm que dizer não à corrupção."
Joanna Crellin: "[O Reino Unido partiu do] consenso sobre [o que fazer para] ser atrativo ao investimento mundial e austeridade através do ajuste fiscal. Entre aumentar os impostos ou cortar as despesas do governo, concordamos em cortar as despesas em 40%. [Houve também uma preocupação com a] previsibilidade, [para deixar claro] onde queremos estar. Reduzindo os impostos das empresas, crescem os investimentos estrangeiros. O governo britânico entende que empresas precisam fazer negócios. Revisando as regulamentações, simplificando a burocracia, simplificando as tarifas e mostrando os resultados, assim como disponibilizando uma estrutura de inovação, regulação, infra-estrutura e profissionais capacitados, o Reino Unido se tornou a economia de mais rápido crescimento depois dos Estados Unidos e é uma economia com forte governança e leis [claras] contra a corrupção. [O Brazil] tem que se assegurar que a "lei pega". As pessoas estão exigindo mais dos representantes políticos. A Lava Jato é uma forte indicação da maturidade do país."
Valdir Simão: "A decisão de corromper ou de ser corrompido depende do risco de ser pego e da pena [ao ser pego]. Temos excesso de controles não efetivos e o controle excessivo penaliza o cumprimento das obrigações. Temos que olhar mais para o parabrisa [a prevenção] do que para o retrovisor [o controle]. Sem segurança, não há inovação pública."
Holly Donnelly: "Gratificações de funcionários públicos dependem do bom desempenho para os cidadãos."
Peter Van Den Berg: "Orçamentação exige processo político."
Yoshiaki Nakano: "Ajuste orçamentário é maior do que ajuste fiscal. É necessário acabar com as obrigatoriedades e devolver ao povo a discussão do orçamento. Ajustes fiscais bem-sucedidos geraram crescimento, mas a composição é importante: corte de gastos é mais importante do que o aumento de impostos porque muda a dinâmica."
Joaquim Levy: "Os gastos obrigatórios limitam o orçamento. É absolutamente urgente a gente entrar num programa de qualidade dos gastos. O governo não é nada mais do que um prestador de serviços. [Precisamos] Botar a casa em ordem. O 1-2-3 do Crescimento é: 1- Acerto do Orçamento: só [se investe e] toma risco se há confiança, expectativa, e a principal peça é o orçamento; 2- Volta da Demanda: acertado o orçamento, há a retomada da confiança e a rápida volta da demanda. A moeda se estabiliza; 3- Agenda da Oferta: reformas estruturais garantem que o crescimento continue: concorrência, simplificação, abertura da economia, segurança regulatória jurídica aos investimentos, melhor infra-estrutura. Entendida a necessidade fiscal, [precisamos] definir a regra do jogo e reunir a vontade política dentro de um quadro do país que a gente quer chegar [a ser/ter], de crescimento. A perspectiva é a de fazer escolhas, o engajamento político explícito, [definir] o que dá para cortar, como diminuir o uso ineficaz dos recursos. A economia tem mostrado enorme resiliência. O Brasil é maior do que a gente pensa. Se a gente tomar as decisões, a máquina Brasil vai voltar a funcionar."
Que a máquina Brasil volte a funcionar com o engajamento de todos.
O evento? "Uma Agenda Positiva para o Brasil", promovido pela FIESP, CIESP e OCDE, com o apoio do TCU. O foco? Indústria, Governança, Investimento, Eficiência Orçamentária e Desburocratização, fatores que impactam nosso país, nossos clientes / fornecedores / parceiros / investidores e nossas vendas. Seguem os melhores momentos do que falaram ministros, empresários, economistas, especialistas e professores, brasileiros e estrangeiros.
Paulo Skarf: "Não há investimento onde não há confiança."
Ricardo Coelho:"Competitivo é poder produzir a preços menores. Empresários [brasileiros] da indústria passam 30% do tempo de reuniões falando sobre mudanças regulatórias ao invés de falarem sobre clientes e mercados. A indústria vem regredindo a participação no PIB. Hoje está em 9%, igual a 1947. Era 27%. A indústria é responsável por 70% do investimento no Brasil. Se cai a indústria, cai o investimento [no país]."
Iza Lejarraga: "[Em relação a investimentos,] O Brasil está indo em direção reversa, introduzindo restrições e se tornando mais protecionista desde 2008. Investimento de longo prazo requer mecanismos institucionais mais robustos, responsabilidade. A abertura aos investimentos estrangeiros e a boa governança são requisitos para os acordos internacionais de investimento e de comércio. Melhores investimentos dependem da boa governança, pela transferência de capital, design e ideias, e por requererem instituições mais sofisticadas. O Brasil não tem se comprometido em acordos internacionais baseados na boa governança."
Jermyn Brooks: "Se os riscos ficam altos demais, não há investimentos. Segurança é necessária. Há vários problemas no Brasil: como criar uma empresa, propriedade intelectual, leis, impostos, corrupção, falta de previsibilidade dos processos, justiça/arbitragem. [Falta] vontade política. [O Brasil vive uma] Crise ética e cultural. [Há a necessidade do] Foco nas empresas, uma a uma, e na [transformação da] política em ação. [Todos] têm que dizer não à corrupção."
Joanna Crellin: "[O Reino Unido partiu do] consenso sobre [o que fazer para] ser atrativo ao investimento mundial e austeridade através do ajuste fiscal. Entre aumentar os impostos ou cortar as despesas do governo, concordamos em cortar as despesas em 40%. [Houve também uma preocupação com a] previsibilidade, [para deixar claro] onde queremos estar. Reduzindo os impostos das empresas, crescem os investimentos estrangeiros. O governo britânico entende que empresas precisam fazer negócios. Revisando as regulamentações, simplificando a burocracia, simplificando as tarifas e mostrando os resultados, assim como disponibilizando uma estrutura de inovação, regulação, infra-estrutura e profissionais capacitados, o Reino Unido se tornou a economia de mais rápido crescimento depois dos Estados Unidos e é uma economia com forte governança e leis [claras] contra a corrupção. [O Brazil] tem que se assegurar que a "lei pega". As pessoas estão exigindo mais dos representantes políticos. A Lava Jato é uma forte indicação da maturidade do país."
Valdir Simão: "A decisão de corromper ou de ser corrompido depende do risco de ser pego e da pena [ao ser pego]. Temos excesso de controles não efetivos e o controle excessivo penaliza o cumprimento das obrigações. Temos que olhar mais para o parabrisa [a prevenção] do que para o retrovisor [o controle]. Sem segurança, não há inovação pública."
Holly Donnelly: "Gratificações de funcionários públicos dependem do bom desempenho para os cidadãos."
Peter Van Den Berg: "Orçamentação exige processo político."
Yoshiaki Nakano: "Ajuste orçamentário é maior do que ajuste fiscal. É necessário acabar com as obrigatoriedades e devolver ao povo a discussão do orçamento. Ajustes fiscais bem-sucedidos geraram crescimento, mas a composição é importante: corte de gastos é mais importante do que o aumento de impostos porque muda a dinâmica."
Joaquim Levy: "Os gastos obrigatórios limitam o orçamento. É absolutamente urgente a gente entrar num programa de qualidade dos gastos. O governo não é nada mais do que um prestador de serviços. [Precisamos] Botar a casa em ordem. O 1-2-3 do Crescimento é: 1- Acerto do Orçamento: só [se investe e] toma risco se há confiança, expectativa, e a principal peça é o orçamento; 2- Volta da Demanda: acertado o orçamento, há a retomada da confiança e a rápida volta da demanda. A moeda se estabiliza; 3- Agenda da Oferta: reformas estruturais garantem que o crescimento continue: concorrência, simplificação, abertura da economia, segurança regulatória jurídica aos investimentos, melhor infra-estrutura. Entendida a necessidade fiscal, [precisamos] definir a regra do jogo e reunir a vontade política dentro de um quadro do país que a gente quer chegar [a ser/ter], de crescimento. A perspectiva é a de fazer escolhas, o engajamento político explícito, [definir] o que dá para cortar, como diminuir o uso ineficaz dos recursos. A economia tem mostrado enorme resiliência. O Brasil é maior do que a gente pensa. Se a gente tomar as decisões, a máquina Brasil vai voltar a funcionar."
Que a máquina Brasil volte a funcionar com o engajamento de todos.