O urgente é urgente

Em empresas dirigidas por mais de um sócio ou executivo, cada um faz o que acha que é certo. Se chegam a um consenso, agem em conjunto. Um complementa e enriquece a ação do outro.

E quando não?

Se não chegam a um consenso, um pode delegar ao outro a decisão e a responsabilidade pela ação. Se a decisão de um for aceita pelo outros, vida que segue. Mas, mais sério e preocupante pode ser quando um desacordo 'nasce e continua no silêncio'. O 'vamos!' que é verbalizado não é executado, a ação é protelada, adiada. O consenso é aparente, não é real. Neste caso, a ação não é ação, é inação - há a ausência da ação, a ociosidade, a inércia, a falta de decisão, a hesitação, a irresolução... Muitas podem ser as desculpas e as razões. A empresa perde o rumo, o foco e a prioridade comuns.



O desafio é grande. Bem-intencionados todos estão. Preparados e decididos, nem todos. A mudança imobilizará alguns: para estes, o medo real ou irreal de mudanças na autonomia e no poder que têm será maior do que a necessidade de mudanças para o bem da sua própria empresa. Não liderarão mudanças, temerão o fim do que lhes é conhecido. Não veem que o status quo é mais perigoso do que o que lhes é desconhecido. Não veem a urgência do que lhes é urgente.

Alheios ao que se passa, os demais poderão não perceber que as mesmas questões ficarão voltando às suas reuniões. A imobilidade afetará relações. Felizes estamos quando produzimos bem juntos, quando evoluímos e ganhamos... não quando emperramos e perdemos...

É preciso ação para mudar e seguir. É preciso consenso para mudar a prática do "não" olhar através dos olhos dos clientes. O urgente é urgente. É hora de ser regularmente competente na ação.