Pura questão de paralaxe: um vê o que vê em função do lugar onde se encontra

6 de nós, tecnologistas, amigos, estão naquela mesa. 2 deles acabaram de voltar de um ano na Europa. A noite passa muito rápida com tanta discussão, investigação e animação. Mas, se você estivesse lá, você iria notar uma diferença grande entre 2 deles: um era duro e negativo na visão que tinha de qualquer cenário discutido, enquanto a outra tinha a clareza da força de mudança positiva que cada um pode exercer em seu próprio escopo e contexto. Negatividade versus positividade? Sim, uns diriam. Não, eu os lembraria. Não seria tão simples... O momento ali era de pura "paralaxe", onde cada um via o que via em função do lugar onde se encontrava.

Paralaxe vive e age em toda conversa, discussão e interação. O que uma pessoa vê é diferente do que a outra vê, dado que cada um está em um lugar (ou momento, sentimento, experiência, posição e/ou cargo) diferente. A questão fundamental é o tanto da abertura de visão que cada se dá conta e se permite ter. Perde amplitude de visão e entendimento da situação quem esquece ou invalida a visão diferente (e bem fundamentada) que é gerada pela diferença em lugar (ou momento, sentimento, experiência, posição e/ou cargo) de cada um.

Mudar de lugar traz uma nova visão. Da mais básica (o que um vê com os olhos) à mais abrangente (o que um vê com o entendimento),  mais larga visão cada um terá se olhar através dos olhos dos outros. Olhar através dos olhos do outro é o princípio básico da construção da relação baseada em empatia - e é o princípio básico da Engenharia de Vendas, da construção da venda de software baseada em valor e evidência "para o outro".

Se não for assim, um vai continuar falando sobre ele (a opinião dele, a empresa dele, o produto e serviço dele...) enquanto o outro quer falar e ouvir - também ele - sobre ele próprio...

Cada um com sua paralaxe, como chegarão a um acordo? 

Quem verá e chegará mais longe?