É na intenção de reduzir o ceticismo que o foco da relação deve estar

Um dos grandes obstáculos numa relação, abordagem, diagnóstico, proposta ou negociação é o ceticismo entre as partes. O que é prioritário para cada um? O que realmente cada um quer? Tudo deve partir daí...

Por não saber, com certeza, o que é prioritário para o outro, a reação que ele terá a uma ação sua, dele ou minha pode ser uma completa interrogação. E isso pode ainda se agravar, já que, curiosamente, "quando estamos em um conflito agimos em oposição a nossos próprios interesses" diz William Ury. "A primeira coisa é, [então], decidir o que é mais conveniente [para cada um]."

Não tão fácil. O que seria "mais conveniente"? Foi Thomas Sowell quem disse que "quando você quer ajudar 'às pessoas, você fala a verdade para elas; quando você quer 'se' ajudar, você diz a elas o que elas querem ouvir".

Temos então 2 variáveis a observar na relação:
1- o ceticismo
2- a intenção

A intenção (querer ajudar ou não), vimos, precede a ação e é na intenção de reduzir o ceticismo que o foco da relação deve sempre estar.

O genuíno olhar através dos olhos dos outros nasce desta intenção. O autêntico olhar através dos olhos dos outros nasce da empatia e se reproduz, gerando empatia em retorno, pela verdade revelada no preparo e na real intenção de ajudar.