O que fará o Brasil ter a possibilidade de estar entre os maiores ecossistemas globais de tecnologia será a busca persistente e decidida de problemas, ideias e mercados. Mas esta busca exigirá investimento. A chave para abrir a porta de uma liderança global para o setor brasileiro de tecnologia estará no investimento público e corporativo maciço em ciência e tecnologia, educação, pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura e redes de conexão.
Sim, temos unicórnios (empresas brasileiras de tecnologia avaliadas em mais de US$1 bilhão), sim, cresce o número de Parques Tecnológicos, Incubadoras, Aceleradoras e Investidores, mas muito chão há a trilhar. Mais cursos e instituições de ensino de alta qualidade, mais gente educada, capacitada e dedicada à tecnologia, mais programas de subvenção como o PIPE da FAPESP em todos os estados brasileiros, mais programas de mentoria unindo startups a mentores com grande experiência de mercado como o InovAtiva, mais programas de inovação aberta unindo empresas de mercado a pesquisadores como o OIL, mais investimentos, concessões e políticas públicas nacionais, estaduais e municipais favoráveis, mais investimentos corporativos nacionais e multinacionais, mais investidores, mais infraestrutura de ponta acessível... tantos "mais" são necessários neste caminho.
O governo chinês tem disponibilizado subvenções (capital a fundo perdido), concessões fiscais e políticas de apoio em larguíssima escala a empresas que desenvolvem inovações para atender às necessidades do mercado doméstico e global ou compram tecnologias avançadas. Naubahar Sharif é preciso quando afirma que "a capacidade da China de alavancar sua vantagem competitiva em termos de tamanho de mercado, política industrial do governo e repercussões e aquisições da globalização a posicionou para atingir seu objetivo de liderança tecnológica global."
E ele continua: "Os Estados Unidos assumiram a liderança tecnológica global da Grã-Bretanha no início do século XX e atualmente a China desfruta de vantagens semelhantes que devem permitir que assuma esse papel no século XXI. Os Estados Unidos cresceram e prosperaram nos séculos XIX e XX, tornando-se o maior mercado consumidor do mundo. O governo norte-americano investiu em infraestrutura e tecnologia, incentivando empreendedores a serem pioneiros em processos industriais e a transformarem matérias-primas em produtos com demanda mundial e, após a Segunda Guerra Mundial, o compromisso norte-americano com a inovação industrial em larga escala levou o país ao topo de praticamente todos os bens de consumo e do mercado de manufatura do mundo."
"Os Estados Unidos, e mais especificamente a Califórnia, são certamente um centro de inovação. Têm a infraestrutura, a rede e os processos humanos adequados para permitir isso. As escolas da Ivy League produzem um número suficiente de graduados talentosos que são cruciais para esse processo de inovação", fala Zohar Hirshfeld. Os britânicos? São inovadores em série. "TV, rádio, telefone, Internet, motor a vapor, motor a jato, o primeiro computador, penicilina, assento ejetor, todas foram grandes invenções americanas? Não, foi tudo inventado ou descoberto na Grã-Bretanha ou pelo povo britânico, desculpem...", ironiza Nich Starling.
Seja onde for no planeta, pesquisadores, startups e empresas inovadoras criam provas de conceito e desenvolvem tecnologias para responderem às necessidades prioritárias de demandas presentes e futuras de mercados significativos. Se quisermos que o Brasil esteja entre os maiores ecossistemas globais de tecnologia nos próximos 15 anos, investimentos maciços em ciência e tecnologia, educação, pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura e redes de conexão serão cruciais. Avancemos seguros nesta direção.
Sim, temos unicórnios (empresas brasileiras de tecnologia avaliadas em mais de US$1 bilhão), sim, cresce o número de Parques Tecnológicos, Incubadoras, Aceleradoras e Investidores, mas muito chão há a trilhar. Mais cursos e instituições de ensino de alta qualidade, mais gente educada, capacitada e dedicada à tecnologia, mais programas de subvenção como o PIPE da FAPESP em todos os estados brasileiros, mais programas de mentoria unindo startups a mentores com grande experiência de mercado como o InovAtiva, mais programas de inovação aberta unindo empresas de mercado a pesquisadores como o OIL, mais investimentos, concessões e políticas públicas nacionais, estaduais e municipais favoráveis, mais investimentos corporativos nacionais e multinacionais, mais investidores, mais infraestrutura de ponta acessível... tantos "mais" são necessários neste caminho.
O governo chinês tem disponibilizado subvenções (capital a fundo perdido), concessões fiscais e políticas de apoio em larguíssima escala a empresas que desenvolvem inovações para atender às necessidades do mercado doméstico e global ou compram tecnologias avançadas. Naubahar Sharif é preciso quando afirma que "a capacidade da China de alavancar sua vantagem competitiva em termos de tamanho de mercado, política industrial do governo e repercussões e aquisições da globalização a posicionou para atingir seu objetivo de liderança tecnológica global."
E ele continua: "Os Estados Unidos assumiram a liderança tecnológica global da Grã-Bretanha no início do século XX e atualmente a China desfruta de vantagens semelhantes que devem permitir que assuma esse papel no século XXI. Os Estados Unidos cresceram e prosperaram nos séculos XIX e XX, tornando-se o maior mercado consumidor do mundo. O governo norte-americano investiu em infraestrutura e tecnologia, incentivando empreendedores a serem pioneiros em processos industriais e a transformarem matérias-primas em produtos com demanda mundial e, após a Segunda Guerra Mundial, o compromisso norte-americano com a inovação industrial em larga escala levou o país ao topo de praticamente todos os bens de consumo e do mercado de manufatura do mundo."
"Os Estados Unidos, e mais especificamente a Califórnia, são certamente um centro de inovação. Têm a infraestrutura, a rede e os processos humanos adequados para permitir isso. As escolas da Ivy League produzem um número suficiente de graduados talentosos que são cruciais para esse processo de inovação", fala Zohar Hirshfeld. Os britânicos? São inovadores em série. "TV, rádio, telefone, Internet, motor a vapor, motor a jato, o primeiro computador, penicilina, assento ejetor, todas foram grandes invenções americanas? Não, foi tudo inventado ou descoberto na Grã-Bretanha ou pelo povo britânico, desculpem...", ironiza Nich Starling.
Seja onde for no planeta, pesquisadores, startups e empresas inovadoras criam provas de conceito e desenvolvem tecnologias para responderem às necessidades prioritárias de demandas presentes e futuras de mercados significativos. Se quisermos que o Brasil esteja entre os maiores ecossistemas globais de tecnologia nos próximos 15 anos, investimentos maciços em ciência e tecnologia, educação, pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura e redes de conexão serão cruciais. Avancemos seguros nesta direção.