O fio de dependências para bons resultados


Resultado, para ser bom...

... depende de Esforço.


Esforço, para ser bom...

... depende de Decisão.


Decisão, para ser boa...

... depende de Conhecimento.


Conhecimento, para ser bom...

... depende de Ordem.


Ordem, para ser boa...

... depende de Moral Objetiva.


Diariamente, pensamos, falamos e cobramos bons resultados a outros e a nós mesmos. As metas da empresa, os objetivos pessoais e os compromissos familiares estão "impressos" no consciente e no inconsciente individual. O ponto onde queremos chegar é conhecido, mas o caminho entre a partida e a chegada pode ser feito por diferentes rotas, tal qual fazemos quando nos deslocamos de um lugar a outro.

Este é, justamente, o porquê deste artigo: como melhor chegar a melhores resultados na vida. Sente-se numa boa cadeira e foque sua atenção nesta leitura pelos próximos minutos. O que parece uma sucessão de imprevistos e empecilhos na corrida diária poderá ser finalmente entendida e desatada quando puxarmos o fio das "dependências". 

Perceba a ênfase constante no "para ser bom" em toda a sequência, já que queremos, todos, ser bons no que somos e no que fazemos. Fazendo o caminho inverso, comecemos pelo ponto de chegada almejado: "bom resultado"...


Resultado, para ser bom...

... depende do Esforço. 

Bons resultados exigem o seu esforço. Esforço é a métrica do seu tempo dedicado ao que você se propõe a decidir, alcançar, construir, desenvolver e manter.  Quanto maior for o seu esforço, maior será o seu aprendizado e a sua autoconfiança no poder do seu trabalho. 


Mas... Esforço, para ser bom...

... depende da Decisão.

Para ser produtivo, o esforço depende de decisões bem tomadas. Decidir é cortar alternativas de ação, optar pela rota futura. Tomar decisões exige a consideração detalhada das causas e das consequências de cada ação. Você se sente pronto para dedicar tempo suficiente para gerar o resultado pretendido? Você se sente habilitado para este objetivo? Quanto mais acertada for a sua decisão, maior será a sua motivação e desempenho no trabalho.


Mas... Decisão, para ser boa...

... depende do Conhecimento.

O desprezo pelo estudo e pela aquisição das habilidades necessárias para a ação é indício de decadência. Decidir é cortar alternativas e boas decisões dependem do conhecimento das opções de ação. Quanto maior for o seu estudo, a sua familiaridade e a sua credibilidade com as técnicas, os grupos de pessoas, os fatos e as situações essenciais para o seu trabalho ou ação, melhor será a sua decisão. Experiências prévias, habilidades, relacionamentos e compreensão prática e teórica são ingredientes essenciais para boas decisões.


Mas... Conhecimento, para ser bom...

... depende da Ordem.

Ordem é a disposição de pessoas, momentos, trabalhos, temas e/ou itens, uns em relação aos outros, numa determinada sequência. É uma "arrumação mental" que nos permite entender possíveis padrões, repetições, características e/ou categorias. Este é um dos objetivos do inteligente: reconhecer padrões que lhe dê velocidade na compreensão - e previsão - de situações.  

"Sem ordem, você não consegue avançar com facilidade, pois sempre vai tropeçar nas coisas que deixou espalhadas pelo caminho", diz o amigo Otto Benar Farias. Tantas "coisas" estão incluídas aí...


Mas... Ordem, para ser boa...

... depende da Moral Objetiva.

A moral objetiva define o que é certo e errado, bem e mal, de uma forma que não é influenciada por sentimentos ou opiniões pessoais. A moral objetiva é a moral que não é subjetiva nem relativizada. A moral é a base para a ética. São exemplos de valores morais e éticos:

  • as "4 virtudes cardeais" humanas ensinadas por Platão, o filósofo grego: a prudência, a temperança, a justiça e a fortaleza;
  • os 10 Mandamentos do Cristianismo e do Judaísmo;
  • os códigos éticos ou conjunto de regras objetivas de comportamento de diferentes profissões. 

Nossa moral nasceu dos valores morais da nossa mãe e do nosso pai e dos ensinamentos dos demais membros da família, escola e fé. Nosso entorno (amigos e pessoas com quem convivemos e a quem admiramos) passou a influenciar-nos a partir da adolescência (tempo de maior influência externa), e, na maturidade, nosso comportamento, ideias e valores mutuamente passaram a influenciar o nosso entorno.

A perda do discernimento entre o certo e errado, bem e mal, é um grande problema humano. Perigo real há em universos morais "relativizados". Um exemplo? Quando pessoas do entorno acham que algo "errado" é "certo", pessoas no grupo se veem "pressionadas" a concordar.  Em situações assim, onde o errado é aceito e grupos passam a tratá-lo como "certo" (não é!), pessoas terão duas opções: ou percebem que o errado é errado e afastam-se do grupo, ou aceitam e ajustam-se ao grupo, mantendo-se anestesiados, soberbos, isentos, incapazes de se verem errando... e imputando aos outros os seus próprios fracassos (até quando?)...


Sem moral objetiva não se chega à ordem. Sem ordem não se chega ao conhecimento. Sem conhecimento não se chega às boas decisões. Sem boas decisões não se chega a um produtivo esforço. Sem esforço não se chega a um máximo resultado. Este é o fio de dependências para bons resultados. Mantenha-o desenrolado, visível, claro. 

"Ter a faca e ter o queijo é tudo? Não, se falta a fome..."