O primeiro sente prazer na trajetória e no destino. O segundo apenas na chegada.

"Celebre o dom da sua vida todos os dias." Se esta frase lhe emociona, é certo que você reconhece, compreende e tem na memória o sentido vital da sua existência. Se esta frase não lhe emociona, leia-a novamente. Leve-a com você no pensamento - e até no esquecimento - até que o tempo seja cumprido para o seu reconhecimento.

Celebrar o dom da vida é honrar e valorizar o seu próprio porquê. Celebrar é um sentimento calmo, profundo, individual, que difere de comemorar e festejar um acontecimento. Quem celebra nesta profundidade sente uma maior responsabilidade pelo que faz, constrói, dá exemplo e é. O que recebe a vida como dom retribui tal presente num ciclo infinito de agradecimento.

Em termos práticos, notam-se diferenças entre quem celebra todos os dias o dom da vida (o primeiro) e quem não reconhece o porquê desta celebração (o segundo):

- o primeiro é grato pela vida que tem, as pessoas ao redor, o trabalho que faz, como vive. O segundo tende a querer muito mais da vida que, ele acha, "a ele é devida";

- o primeiro entende, aceita e lida com as dificuldades que enfrenta e os aprendizados que virão. O segundo reclama, espalha insatisfação e perde tempo antes de lidar com tais dificuldades;

- o primeiro tende a ser mais calmo, maduro e preparado para lidar com demandas e imprevistos que o segundo;

- por ser essencialmente grato, o primeiro tende a ser mais dedicado às pessoas e ao trabalho que o segundo;

- o primeiro reconhece os porquês do que faz, do que esperam dele e dos compromissos que tem. O segundo nem sempre;

- o primeiro sente prazer na trajetória e no destino. O segundo apenas na chegada ao seu destino.

Reconhece-se? Vê o quanto mais pode pensar, sentir, aprender, fazer, construir e ser?  Eu também...


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